terça-feira, 18 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Shivagakomarpaj - O Pai da Medicina Búdica no Oriente
A Vida de Shivagakomarpaj foi extraída de
documentos budista, escritos em Pali, Sânscrito, Tibetano e Chinês. Na época de
Buda, entre os médicos seculares, o mais renomado era Shivagakomarpaj que é
descrito como aquele que provinha cuidado médico gratuito ao Buda e aos monges
e doou sua plantação de manga a Rajagaha para ser usado como uma comunidade
monástica, cujo nome foi dado de Shivagorama, em sua homenagem. A fama de
Shivago como um curandeiro era extensamente conhecida e contos sobre sua vida
podem ser achados em feitos médicos em quase todas versões das escrituras
budista.
Nascimento
e infância
A versão em Pali começa com Salavati, cortesã
de Rajagaha, dando à luz um filho deu o pequeno bebê a uma escrava que o
colocou em uma cesta e lançou - o em um montão de Iixo. Na versão em
sânscrito-tibetano, uma esposa promíscua de um comerciante de Rajagaha deu à
luz a um filho do Rei Bimbisara, colocou a criança um cesto, e ordenou que as
criadas levassem o cesto ao portão do palácio do rei. Na narrativa chinesa, uma
virgem divina chamada Arampali que foi criada por um brâmane, deu à luz um
filho do Rei Bimbisara. O menino nasceu com uma bolsa de agulhas de acupuntura
na mão dele e então foi predestinado a se tornar Doutor e um médico real. A mãe
dele o embrulhou em roupas brancas e ordenou que um escravo o levasse ao rei.
Na versão Pali, o menino é determinado o nome Jivaka (em Thai, Shivaga) porque
ele estava vivo (de jiv de raiz, viver), e porque um príncipe o quis que ele é chamado
Kumarabhacca (em Thai, komarpaj) (nutriu por um príncipe).
O início da Medicina na Índia
No início, a Medicina na Índia era parte de um movimento
religioso de base ascética, uma porção do qual se tornou conhecido como
Budismo.
A Medicina evoluiu com o Sangha e o
monastério do Budismo, foi codificado como parte das escrituras budista, deu
origem aos monge-curandeiros e portanto a base para desenvolvimento subseqüente
das universidades monásticas budistas.
O sistema tradicional de
medicina ayurvédica deve muito a sua sistematização inicial, preservação, e
propagação aos budistas ascéticos e a instituição monástica.
Preservação
do Budismo na Tailândia
O Budismo começou a se
espalhar para outras partes da Ásia, a instituição médica e as práticas do monastério
foram juntas como partes integrais do sistema religioso.
Quando o Budismo chegou à Tailândia no 3° ou
2° século BC, foram construídos templos com dispensários adjacentes e escolas
médicas. Foram ensinadas massagem e outras artes curativas que eram aplicadas
nos monastérios e no seio das famílias.
Para as famílias o
ensinamento foi principalmente uma tradição oral (como a maioria das pessoas
não podia ler), passou de professor para estudante.
O propósito de escrever
tudo, como feito pelo Sangha, era preservar a tradição médica pelo maior espaço
de tempo possível e disponibilizar para o maior número de pessoas e as gerações
futuras.
É facilmente compreensível que os monges
compassivos e freiras, integrariam qualquer sistema médico benéfico trazido da Índia.
Também é fácil de entender a influência da
China e outros paises circunvizinhos pode ter feito um papel significante
enriquecendo o sistema médico existente.
Quando a pessoa estava
doente ou indisposto nenhum método útil deveria ser desconsiderado. Se isto
verdadeiramente ajudasse, era bom.
Sobre onde e quando a Nuad
Phaem Boran - Antiga Massagem Tailandesa originou precisamente, é difícil
averiguar sem dúvida.
Muito tempo passou e muitas
evidências históricas desapareceram, por exemplo, na hora da destrutiva invasão
Muçulmana no Norte da Índia e também na hora da invasão Birmanesa da capital de
Ayutthaya em 1767. Só fragmento dos preciosos textos médicos existentes
sobreviveu à invasão Birmanesa e destruição, por exemplo, o que o amável Rei
Rama III em 1832 usou como uma base para os epígrafes famosos o Phra Chetuphon
(Wat Pho) em Bangkok.
Shivagakomarpaj Pai da
Medicina Budista
Em relação ao seu interesse na Medicina e na
educação médica, na versão Pali, Shivago, quando ele chegou a idade à qual ele
tem que buscar o próprio sustento dele, decidiu a aprender a arte médica.
Ouvindo falar de um médico muito famoso em Taxila, ele viajou para aquela
cidade, famosa pela reputação para aprender com o eminente Dr.Atreya. Depois de
sete anos de estudo médico, ele prestou um exame prático que testou o
conhecimento dele de ervas médicas, passando com um sucesso extraordinário.
Assim Shivago aprofundou
ainda mais o conhecimento da medicina que chegou até aconselhar Dr. Atreya em
procedimentos terapêuticos.
Ganhando cada vez mais respeito e agradando
profundamente seu mestre com sua capacidade de aprendizado, Dr. Atreya
comunicou a ele a técnica especial de abrir o crânio. Shivago. Eventualmente
ele deixava a companhia de Dr. Atreya e viajava para a cidade de Bhadrankata em
Vidarbha para estudar um antigo Iivro chamado" Os Sons de Todos os
Seres" (provavelmente um livro de estudos relacionado com a prática de
dharanis e mantras).
Durante uma das viagens, ele comprou uma
carga de madeira de um homem magro e fraco e descobriu na pilha uma pedra
preciosa chamada “o remédio calmante de todo os seres” (O Bodhisattvas da
Cura). Esta pedra preciosa, quando colocava diante de um paciente, iluminava o
seu interior como uma luz de abajur numa casa escura, revelando a natureza de
todas as doenças.
Na versão chinesa Shivago renunciou todas as
reivindicações ao trono a que tinha direito e decidiu estudar Medicina. Ele
achou que a educação que ele havia adquirido dos médicos locais era inadequada
e mostrou as deficiências deles no conhecimento apresentado nos livros de
estudos de plantas, receitas médicas, acupuntura, e conhecimento de pulso que
ele tinha dominado profundamente.
Ele os instruiu então nos princípios
essenciais de medicina e ganhou o respeito de todos. Ouvindo falar de um médico
famoso, Dr. Atreya que vivia em Taxila ele viajou para a cidade para aprender
medicina com o importante mestre. Ao estudar medicina durante sete anos, ele
prestou o exame prático em ervas médicas e passou com grande sucesso.
Quando Shivago partiu, o mestre dele lhe
falou que, embora ele fosse o primeiro entre os médicos da Índia, depois da
morte dele, Shivago se tornaria o sucessor dele.
Numa das viagens, Shivago encontrou um menino
que levava lenha e notou que ele poderia ver dentro do corpo do menino.
Percebendo imediatamente que a carga de madeira deveria conter um pedaço da
árvore do Rei da Cura, que de acordo com as antigas escrituras de Mahayana era
um Bodhisattva de cura, ele comprou então a madeira. Descobriu um ramo da
árvore auspiciosa, e passou a usá-la para diagnosticar doenças no curso da sua
famosa prática médica.
Shivagakamarpaj e a Antiga
Massagem
Shivago é considerado como o Pai da Medicina
Budista, uma verdadeira fonte imensurável de conhecimento sobre os poderes
curativos das plantas, dos minerais, massagem e assim sucessivamente. Seus
ensinamentos vieram para a Tailândia ao mesmo tempo em que o Budismo.
Definitivamente uma figura central no sistema médico budista, ele é considerado
legitimamente como a aspiração de todos os praticantes de Massagem Antiga.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Zoku Shin Do - As Raízes da Reflexologia Japonesa nos Pés
Soku shin do faz parte da mais antiga tradição de massagem
nos pés e reflexologia do Oriente. "Soku"
significa pé ou perna. "Shin" significa coração, o
centro, o núcleo, a parte mais importante de qualquer coisa. “Do” significa caminho e indica uma
disciplina completa. “Soku shin do” tem suas origens na Índia. Segundo
a tradição, ela foi ensinada pelo Buda
que criou um gráfico de reflexologia podal, juntamente com métodos de
massagem nos pés. Pouco depois de sua ascensão, uma imagem de pedra foi esculpida de seu gráfico de reflexologia podal e outros ensinamentos.
Cerca de 40 a.c o budismo
entrou na China por viajantes da rota da seda que trouxeram consigo uma grande
quantidade de conhecimento. Isto incluiu a ciência dos
pés de
Buda. Lentamente esta ciência foi
se combinado com os conceitos médicos chineses, como Yin-Yang,
teoria dos cinco elementos, meridianos, pontos de acupuntura, métodos de
diagnóstico orientais e etc. A referência mais antiga na China para os pés de
Buda é do clássico Nan jing, onde
foi referido no Japão como Kanshi Ho (método de diagnóstico do pé).Logo
quando os pés de Buda chegou ao Japão por volta do século 5 e 6, juntamente com
os monges guerreiros que trouxeram consigo um grande número de ciências e
compartilharam esses ensinamentos junto a cultura nipônica. Estes
monges ensinaram em templos no Japão e
tornou-se um padrão
estudar medicina oriental por 7 anos antes que pudesse praticar em um
templo como parte da disciplina espiritual budista.
Em algum momento da história do Japão, um médico bem conhecido pelo
nome de Kada introduzido Soku shin do como uma disciplina
separada em si. Kada acrescentou coisas
como o uso de óleo para a prática das técnicas de massagem nos pés.Além disso,
foram acrescentadas as técnicas da tradicional massagem japonesa Anma na
massagem dos pés. Kada manteve seus
ensinamentos em segredo e muitos ramos
se desenvolveram a partir de seu método que passaram a ser perpetuado dentro da
tradição familiar de certas famílias japonesas. Esta tradição é parte da medicina popular no Japão. Soku shin do em um dado momento passou a
fazer parte dos serviços oferecidos em pousadas japonesas. Os viajantes entravam na estalagem, tiravam os
sapatos, escaldavam os pés em água aromatizada com ervas e então recebiam em forma de medicamento o Soku shin do nos pés .
Shogo Monchizuki que vem de uma tradição familiar de terapeutas
especializados na Massagem Japonesa Anma e em Acupuntura, possui uma linhagem
que remontam 300 anos de tradição nestas artes. Monchizuki teve a oportunidade
de aprender este método direto de sua avó e após anos de prática radicou-se nos
EUA e fundando uma Escola de formação para terapeutas no estado do Colorado,
onde ensinou durante anos as mais variadas disciplinas derivadas da massagem
Tradicional Japonesa Anma, como: Reflexologia Japonesa nos Pés, Massagem
Japonesa com pedras quentes e massagem Facial Japonesa.
domingo, 25 de novembro de 2012
domingo, 18 de novembro de 2012
Os símbolos do Reiki - Parte 2
Três conceitos sobre os símbolos do Reiki
1 - Yantra (símbolo)
Yantras
são formas geométricas utilizadas para a prática da reintegração do homem
consigo mesmo. São instrumentos para concentrar forças psíquicas, para
focalizar, como um microscópio. É uma máquina para estimular a visão.
O Yantra é utilizado em muitas tradições
espirituais, sobretudo nos ramos do budismo esotérico e tântrico, os quais
utilizam símbolos com o objetivo de gerar determinado tipo de energia, seja de
amor, compaixão ou cura.
- Simboliza ou representa uma espécie de
energia.
- Possui uma forma determinada e um nome.
2 - Kanji
Os Kanjis
são caracteres chineses, importados pelos japoneses, compostos por imagens e
figuras. Eles não são sons como as letras do nosso alfabeto, mas figuras
simbólicas e representativas. O fato de os japoneses utilizarem este tipo de
linguagem e escrita demonstra que eles pensam de uma forma mais abstrata.
Vejamos alguns Kanjis como: “Yama” (montanha) e “Kawa” (rio).
montanha 山
Rio 川
Boca 口
Chuva 雨
O
kanji e o símbolo muitas vezes se mesclam no sistema do reiki. O hon sha ze sho nen é parcialmente um
kanji. O choku rei e o sei heki não são kanji. São símbolos.
3 - Mantra
O
mantra é a própria razão de muitas práticas tântricas. A palavra mantra
origina–se de uma antiga raiz sânscrita, man, que significa pensar, e o
sufixo tra, que significa instrumento. O mantra é um conjunto de sons ou
palavras com efeitos vibratórios, psíquicos e espirituais, quando devidamente
pronunciados. Segundo o tantra, cada coisa, seja qual for sua constituição,
nada mais é que uma concentração de energia, uma vibração.
De
uma maneira geral os símbolos do reiki fazem parte de uma mistura de yantra,
mantra e Kanji.
O
hon sha ze sho nen é originado de
cinco kanjis. O sei heki é originado
de uma letra semente do sânscrito.
Por Valério Lima
sábado, 17 de novembro de 2012
OS SÍMBOLOS DO REIKI
Os símbolos do reiki são elementos auxiliares, inseridos
dentro do sistema de reiki pelo Sensei Mikao Usui, com o objetivo de auxiliar
os alunos na sua prática do reiki. Tanto a origem quanto os significados e
formas destes símbolos ganharam as mais variadas versões, principalmente quando
foram inseridos no ocidente pela senhora Hawaio Takata. Ao ensinar os símbolos
no ocidente, a senhora Takata os revestiu por um enorme secretismo, afirmando
serem eles secretos e sagrados. Segundo ela, os símbolos não deveriam ser
mostrados a pessoas não iniciadas no reiki. Durante seus seminários, Takata
demonstrava os símbolos para os alunos e ao final do seminário pedia que eles
queimassem os desenhos que haviam feito. Isto, ao longo dos anos, gerou
alterações marcantes na forma dos símbolos, pois nem todos os alunos desenhavam
os símbolos da mesma forma como Takata havia ensinado. Na verdade, não existem
evidências de que o Dr. Usui considerava os símbolos como sendo secretos e
sagrados. Eles foram um dos últimos elementos introduzidos pelo Dr. Usui no
sistema de reiki.
Na
percepção dos símbolos pelos japoneses, temos algumas diferenças marcantes
quanto à compreensão e aplicação, em relação à percepção ocidental.
Para os japoneses os símbolos não são a parte mais importante do reiki
e sim ferramentas auxiliares, assim como rodas adicionais de uma bicicleta,
usadas quando se está aprendendo a andar. Ao percebermos que é necessário
existir um equilíbrio, que tem de haver uma sintonia perfeita entre o individuo
e a própria bicicleta, então pode-se retirar as rodas adicionais.
De qualquer forma a utilização dos símbolos no ocidente ainda é
primordial, até aprimorarmos melhor nossa sensibilidade, mente e intuição. Por
enquanto devemos seguir um dos conselhos do Sensei Usui:
Usem bem os símbolos.
Usem-nos mais e mais, e descobrir-se-ão num estágio onde já não precisarão
deles.
A
mente humana consegue alcançar qualquer ponto do universo imediatamente.
Precisam crescer de forma a não precisarem mais dos símbolos.
Conseqüentemente
surgiu uma verdadeira concorrência entre diversas escolas de Reiki que se
diziam detentoras da “correta versão” dos símbolos. Contudo, todos que
receberam a sintonização possuem símbolos que funcionam. O poder dos símbolos
não vem do fato de desenhá-los perfeitamente e sim da ligação que é
estabelecida entre o símbolo que o aluno aprende na aula e as energias da
sintonização que o aluno recebe durante a sintonização Reiki. A maneira correta
de se desenhar os símbolos corresponde ao modo pelo qual o Mestre Reiki os
desenhou para o aluno e os utilizou durante sua sintonização. O poder dos
símbolos reside na ligação entre eles e a energia Reiki que ocorre durante a
sintonização.
Embora
pequenas mudanças em algumas das linhas dos símbolos possam criar diferenças
entre as diversas escolas de Reiki, os símbolos que os alunos receberam do seu
Mestre são, para eles, os símbolos certos, mesmo que eles sejam diferentes dos
que outros estejam usando. É possível, ainda, receber versões adicionais dos
símbolos de mestres diferentes e, contanto que a sintonização seja dada, ser
capaz de usar os diversos modos ensinados ao desenhá-los, obtendo os efeitos
desejados.
Surgiram também especulações relativas à origem e
ao número dos símbolos. Segundo a mestra Diane Stein, havia, em épocas
passadas, cerca de 300 símbolos de Reiki, dos quais 22 eram comumente
utilizados. Hoje, são utilizados apenas quatro num sistema unificado, que
compõem os níveis II e III do Reiki, reconhecidos pelos mestres da escola
tradicional. Segundo a versão tibetana, são reconhecidos e ensinados seis
símbolos.
Os símbolos foram, na verdade, criados a partir do kanji japonês, o que significa que eles são simplesmente palavras da língua japonesa cujos nomes podem ser encontrados em um dicionário japonês/inglês. Podem, ainda, ser formados por uma combinação de sânscrito e kanji japonês, prática comum dos budistas japoneses, às vezes utilizada nas suas escrituras e símbolos sagrados.
Os símbolos da distância e do Mestre do Reiki Usui derivam do kanji japonês, tanto no nome quanto no modo como eles são desenhados. Seus caracteres também podem ser encontrados no dicionário japonês/inglês. Além disto, todos os símbolos tradicionais derivam de outras formas da cultura japonesa. Podem ser encontrados tanto em seus livros espirituais como em seus templos, sem possuir, contudo, a capacidade de conexão com as energias individuais que adquirem quando evocados. É interessante observar que o nome do símbolo Mestre de Usui, que nos coloca em contato direto com a verdadeira fonte do reiki, pode ser encontrado na "Enciclopédia da Filosofia e Religião Oriental", sendo traduzido como "casa do tesouro da intensa luz resplandecente”, constituindo também um símbolo poderoso do zen budismo.
Podemos perceber que os símbolos
Reiki de Usui não são exclusivos para o Reiki de Usui.Segundo o sensei Hiroshi
Dói, Eles já existiam antes do Dr. Usui os utilizar. Além disso, por serem
japoneses, não é provável que ele os tenha descoberto em um sutra sânscrito
como alguns afirmavam e outros continuam afirmando. É muito mais provável que o
Dr. Usui tenha recebido os símbolos durante a sua experiência mística no Monte
Kurama ou que ele tivesse um conhecimento prévio sobre eles a partir dos zen
budistas ou de outros grupos religiosos com os quais ele estudou. Uma vez que
os símbolos são japoneses e que o símbolo Mestre é oriundo do zen budismo,
talvez a origem dos símbolos tenha sido um sutra zen budista, em vez de um sutra
sânscrito.
Os símbolos foram, na verdade, criados a partir do kanji japonês, o que significa que eles são simplesmente palavras da língua japonesa cujos nomes podem ser encontrados em um dicionário japonês/inglês. Podem, ainda, ser formados por uma combinação de sânscrito e kanji japonês, prática comum dos budistas japoneses, às vezes utilizada nas suas escrituras e símbolos sagrados.
Os símbolos da distância e do Mestre do Reiki Usui derivam do kanji japonês, tanto no nome quanto no modo como eles são desenhados. Seus caracteres também podem ser encontrados no dicionário japonês/inglês. Além disto, todos os símbolos tradicionais derivam de outras formas da cultura japonesa. Podem ser encontrados tanto em seus livros espirituais como em seus templos, sem possuir, contudo, a capacidade de conexão com as energias individuais que adquirem quando evocados. É interessante observar que o nome do símbolo Mestre de Usui, que nos coloca em contato direto com a verdadeira fonte do reiki, pode ser encontrado na "Enciclopédia da Filosofia e Religião Oriental", sendo traduzido como "casa do tesouro da intensa luz resplandecente”, constituindo também um símbolo poderoso do zen budismo.
Por Valério Lima
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Noções do Sopro defensivo
O sopro defensivo impreterivelmente está
caracterizado por fazer parte da primeira camada de proteção que regulam a nível
energético a passagem entre o meio externo e interno do ser humano. Fazendo uma
analogia deve-se pensar na Energia Wei
como uma fortaleza feudal dos tempos medievais, que possui suas muralhas de concreto,
resistentes, altas e firmes. Estas muralhas protegem todos aqueles moradores
que vivem na parte interna do feudo, vassalos e senhores feudais, uma alusão aos
os órgãos e Vísceras (zang fu), meridianos principais e secundários. Para que o
Feudo esteja efetivamente bem guarnecido, além de suas muralhas faz se necessário
que os guardas fiquem de prontidão na parte interna da muralha, abrindo e
fechando os portões da fortaleza. Da mesma forma é necessário um equilíbrio das
energias internas no ser humano, para assim sustentar a força da energia
defensiva no organismo. Pois, toda via são os desequilíbrios internos das
funções energéticas que favorecem ao enfraquecimento do sopro defensivo e a
entrada da energia perversa.
Na visão da MTC para que uma doença se
estabeleça no ser humano dois fatores são preponderantes e oriundos de causas
internas e externas.
Tendo em vista que a manifestação patológica e
seu desenvolvimento é a conseqüência de um desequilíbrio energético prévio,
influenciado por fatores externos ou internos. (Faubert e Crepon, 1990).
As causas internas se desenvolvem devido
carências hereditárias, má nutrição, traumas e bloqueios psicológicos. Já as
causas externas são conseqüência de agressões climáticas que são denominadas
energias perversas. Estas energias perversas estão presentes nas estações do
ano e são provenientes das energias celestes do vento, calor, umidade, secura e
frio. Estas podem afetar o ser humano de acordo com sua fragilidade, sobre tudo
quando o clima não corresponde à estação correspondente; ou seja: se está no
verão, mas o clima predominante é a umidade da chuva. Bem como, “quando a
estação se manifesta com atraso ou com adiantamento”(Faubert e Crepon, 1990).Com
isso se as funções internas estiverem fragilizadas a energia defensiva também
se tornaram suscetível a invasões externas. Como diz o Imperador amarelo:
Pode ser que dez tipos de males ocorram
num canal, e estes podem ser: dor, carbúculo, calor, frio, prurido, síndrome de
Bi ou adormecimento, e as varias mudanças são infinitas, tudo isso é produzido
pela energia perversa. (Ling Shu,cap.75,2001,p.796).
Funções dos Sopros Defensivos
No eixo Espiritual Ling Shu afirma-se
algumas das principais características das funções exercidas no sistema
energético e no corpo humano pelo sopro defensivo Wei Qi.
As
funções da energia Wei do homem são nutrir os músculos, tornar substancial a pele,
enriquecer as estrias e controlar a abertura e fechamento das estrias e da
pele; as funções da vontade do homem frear o espírito. Manter unidas a alma e o
espírito inferior, acomodar as mudanças do clima frio e quente e adequar as
mudanças de humor.(Ling Shu, cap.47,
2001, p.692)
Contudo para que a energia wei realize
todas esta funções é necessário que:
A
pessoa esteja harmoniosa, sua mente concentrada, sua alma e seu espírito
inferior não estejam dispersos, e a raiva e a ira não apareçam; como os cinco órgãos
sólidos (zang) estão harmoniosos,
dificilmente a pessoa será invadida pela energia perversa. (Ling Shu, cap.47, 2001, p.692)
É pelo equilíbrio interno, físico,
mental, emocional e espiritual que se mantêm acessa a força protetora e
defensiva do corpo contra os agentes patogênicos e climáticos. E graça a esta
couraça protetora que os órgãos vitais não são constantemente atacados por
forças externas.
Por Valério Lima
Por Valério Lima
sábado, 10 de novembro de 2012
O Conceito de Tao na MTC
O Tao
“O Tao
que pode ser pronunciado não é o Tao eterno.
O nome que pode ser proferido não é o nome eterno...”. (TAO TE CHING, cap I,1995,p 37).
Tentar definir o Tao é definir o indefinível, explanar sobre o inefável. Pois o Tao verdadeiro se oculta e se esconde
por entre as forma manifestas do mundo. Sua existência brota do vazio, da não
forma e sua compreensão está além do intelecto racional.
A Palavra Tao possui o Sentido de Via ou Caminho e as primeiras menções ao Tao
pode ser encontrado tanto no Livro das mutações (I Ching) Quanto no Clássico da
filosofia Taoísta, O Livro do Caminho
Perfeito (Tao Te Ching, escrito pelo
sábio chinês Lao Tsu). Que propõe o
Caminho do sábio, Através da via harmoniosa da vida e da natureza. Viver de
acordo com o Tao segundo Lao Zi é
saber respeitar o fluxo da natureza, os ciclos das estações e do cosmos. Se
enquadrando na formação ternária Céu, homem, terra. Assim como os sábios
imortais Taoistas que viveram segundo o Tao
e atingiram a longevidade, saúde e realização espiritual, como vemos no
capítulo I do Nei Jing Su Wen no dialogo entre Huang Ti e o Mestre Qi Bo:
Aqueles
que nos tempos antigos Conheciam a maneira de conservar uma boa Saúde, sempre
nortearam seu comportamento do dia-a-dia de acordo com a natureza. Seguiam o
principio do yin e Yang e se conservavam de conformidade com a arte da
profecia, baseada na interação do Yin e Yang. Eram capazes de modular sua vida
diária em harmonia, de forma a recuperar a essência vital, portanto podiam se
cuidar e praticar a maneira de preservar uma boa Saúde.(SU WEN apud WANG, cap.1,2001,p.25)
Seguir o Tao implicava não somente em uma observação da natureza, mas bem
como nas práticas taoístas de manutenção da saúde e da força vital, existentes
na medicina Tradicional Chinesa tais como: Chikung,
dietética, acupuntura, Moxabustão e etc.
Tentar entender o Tao e seu conceito dentro da MTC é levar a cabo a compreensão da
ínfima parte deste, que se mostra na natureza, através das potencialidades representadas
no símbolo do Tai Chi, nas formas do Yin e Yang, estes em última instância, são os únicos aspectos do Tao os
quais podem ser observados e percebidos por estas duas forças opostas,contudo complementares.
No Plano Absoluto do Tao impera o
vazio como força manifesta e como potencialidade no plano manifesto e relativo
do yin e yang.
O
Yin/Yang são as manifestações transitórias do Tao.
O Tao gera duas
polaridades complementares: o Yang e Yin, sendo que o Yang contém o Yin e vice-versa.
Ambos interagem, transformando-se num ciclo ritmado, o Tai Ji.(DULCETTI JUNIOR,
2000,p.43).
Tai Chi
O Tai
Chi (Tai Ji) e sua simbologia aparecem pela primeira vez no clássico de
sabedoria oracular denominado I Ching (O
Livro das mutações) e remonta a dinastia Chou(1150-249
a.C.), Curiosamente segundo Henry Normand (1993) em
seu celebre livro Os Mestres do Tao o
“Sentido geral do I Ching está
incluído no caráter do I, que significa Camaleão”, daí a tradução por mutação ou
transformação. Pois assim como o cameleão muda de cor conforme o lugar e
situação, assim é a natureza do Tao
no plano relativo do Yin e Yang. O mesmo pode ser observado no I Ching pelos seus signos denominados Kua, que a partir de combinações de
linhas Yin e yang no formato de dois trigramas, formam um dos 64 hexagramas, os
quais representam os movimentos ou
manifestações transitórias do Tao na
Natureza, bem como os movimentos de transição dos corpos celestes representados
pelo sol e pelas fases da lua. Por conseguinte, seguir o Caminho do Tao é seguir o fluxo da natureza, assim
como o fluxo do rio. É viver em conformidade com os princípios que regem o céu
e a terra. É observar e perceber que as mesmas leis que nutrem e dominam as
forças do cosmo, age diretamente sobre aquele intermediário entre o céu e terra
o homem. (Dulcetti Junior, 2001).
Desde
os tempos antigos, considera-se que a existência do homem dependa do Intercâmbio
da variação das energias do Yin e Yang. Por isso, a Vida humana se baseia no
Yin e no Yang.
Todas
as coisas sobre a terra e no espaço se comunicam com as energias Yin e Yang. O
ser humano é um pequeno Universo, já que o corpo humano tem tudo que o universo
tem. (SUWEN, cap. 3, 2001, p. 36).
O
Yin e Yang representam os dois
pólos de uma mesma moeda indissolúveis e indissociáveis. Ambos coexistem, bem
como vemos nos aforismos de Lao Tsé:
Se
todos na terra reconhecem a beleza como bela, desta forma já se pressupõe a
feiúra.
Se
todos na terra reconhecem o bem como o bem, deste modo já se pressupõe o mal.
Porque
ser e não- ser geram-se mutuamente.
O
fácil e o difícil se complementam. O Longo e o curto se definem um ao outro. O
Alto e o baixo convivem um com o outro.
A
voz e o som casam-se um com o outro. O antes e o depois se seguem mutuamente. (TAO
TE CHING WIHELM, 1995, p. 38).
Os ideogramas tradicionais que se
referem ao Yang e Yin trazem na origem filológica do Yang o significado de montanha e sol, ou
seja; a parte frontal da montanha na qual o sol incide sua Luz. E na pictografia do Yin montanha e sombra, trazendo consigo a idéia do outro lado da
montanha a onde se projeta a sombra. O Yang
pode ser observado nos aspecto da natureza como: céu, fogo, quente, claro,
luminoso, dia, verão, superficial, exterior, movimento, sol, masculino. O Yin se manifesta na terra, água, frio,
escuro, sombra, noite, profundo, interior, repouso, lua, feminino. (Dulcetti
Junior, 2001).
Além de representados na natureza os aspectos do Yin e Yang encontram-se na topografia anatômica do ser humana e partir
desta, pode ser observado e estudado todo mapeamento energético desenvolvido na
medicina Tradicional Chinesa. Os chineses observaram que cada uma das partes yin e yang de um determinado fenômeno podem ser subdivididos em novos
aspectos Yin e Yang. Tome-se como exemplo os órgãos denominados na MTC Zang, considerados maciços e localizados
mais internamente no corpo e de natureza Yin.
Sendo responsáveis pela transformação e armazenamento das substâncias
fundamentais. Enquanto que as vísceras de natureza oca, com características Yang, denominadas na MTC de Fu, com a Função Yang de absorção, transporte dos nutrientes e excreção de resíduos.
(Freire Junior, 1996).
Esta mesma divisão pode ser aplicada ao corpo
de uma maneira global, tendo em vista a parte da frente e costas, lado interno
e externo, membros superiores e inferiores e entre cabeça e peito, ou dividindo
o ser humano no meio a partir do umbigo, tendo como referência a parte superior
do corpo como sendo de característica Yang
levando em consideração sua porção mais Yang
do corpo a cabeça, pois está é a que possui mais proximidade com o céu, de característica
redonda, similar à abóboda celeste e a parte inferior Yin, representa na sua porção mais Yin pelos pés, que são chatos como a crosta terrestre e estão permanentemente
em contato e em proximidade com a terra.
O
Yin corresponde a Falta de movimento e sua energia simboliza a terra; o Yang
corresponde ao movimento e sua energia simboliza o céu, portanto, o Yin e Yang
são os caminhos da terra e do Céu.(SU WEN, Cap 5, 2001,p.49).
Por: Valério Lima
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